Cada vez mais a prática da ioga vem sendo recomendada para auxiliar pessoas acometidas por várias doenças. Dado seu efeito relaxante, a prática tem conseguido bons resultados, embora ainda haja poucos estudos científicos para confirmar sua eficiência. Mas a confiança nesse tipo de atividade física cresceu, e muito, tanto que o Hospital Israelita Albert Einstein prepara-se para incluí-la como mais uma opção em seu departamento de terapias complementares.
Para o presidente Comissão de Dor, Fibromialgia e Outras Síndromes Dolorosas de Partes Moles da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), o reumatologista Roberto Heymann, o grande trunfo da ioga é o bom nível de relaxamento que produz no praticante, além de se tratar de uma forma válida de atividade física. “Para pacientes que sofrem de dor crônica, particularmente, esse relaxamento se mostra muito benéfico, já que são pessoas que costumam apresentar alto nível de estresse”, entende o médico.
Heymann conta que existem estudos, mundo afora, tentando demonstrar cientificamente os benefícios da ioga no combate à dor. Alguns, por exemplo, enfocam particularmente a fibromialgia, doença que causa dores musculares generalizadas. “Os estudos têm aumentado e é muito provável que, nesse caminho, a eficácia da atividade na redução da dor seja mesmo comprovada, com base científica”, acredita. Vale salientar que, de fato, como sublinha o reumatologista, os mestres de ioga não a consideram um método que combate doenças, mas que traz mais saúde, justamente por agir em nível psíquico e no aumento da sensação de bem-estar do paciente, o que acaba tendo efeitos redutores das dores.